sexta-feira, 9 de abril de 2010

a propósito de congressos


Amanhã (ou hoje, uma vez que já passa da meia noite) é sexta-feira, logo, é dia de mais um congresso do PSD.

Dia de festa pois.

Sinceramente, já me começava a sentir desconfortável sem um fim-de-semana com congresso do PSD.

O congresso do PSD é algo sem o qual o povo português, oprimido em tédio e languidez, já não consegue viver.

Nem Portugal é o mesmo sem congresso semanal do PSD!

È imperativo, para que este país ponha a sua locomotiva a trabalhar, para que se deixe para trás o miasma bafiento da crise, que se faça mais um congresso do PSD!

Tal necessidade constante só tem paralelo em outros dois factores:

- Escandaleiras que metam ao barulho o engenheiro José S.;

- Inquéritos ou comissões parlamentares por “dá cá aquela palha”.

Pelo que se tem ouvido, desta feita, este congresso do PSD, que será o trigésimo não sei quantos desde a sua fundação, no pós 25 de Abril, servirá para aclamação e endeusamento do novo líder, o Pedro P.C., de cuja única coisa conheço é que foi líder, aqui há uns anos, da “Jota Ésse Dê”.

Currículo deveras impressionante, é um facto.

O certo é que as hostes laranjas, após uma semana em que se degladiaram ferozmente em praça pública, atirando podres de 3 dos seus membros pelas ruas da amargura (e cujo único pecado foi terem-se candidato à presidência do PSD), convivem todos esta semana, alegre e pândegamente, numa amizade e fraternidade à prova de bala.

Pedro P.C. é pois, por estes dias, o salvador da pátria para a malta laranjinha!

Quem ontem o desdenhava, hoje o envaidece!

A ver vamos até quando dura a euforia.

Pedro P. C. que se ponha a pau.

Os precedentes estados de graça dos líderes do PSD não auguram uma festa rija onde o factor X é a longevidade!

Depois de Pedro S. L. se queixar de violência doméstica no berço, de Luís M.M. ter sido apeado à conta do cacique, depois de Luís F. M. não aguentar as pressões dos barões e da dama de ferro laranja Manuela F.L. ser apeada à conta de perder umas eleições que aparentemente estariam ganhas antes do povo ir às urnas, Pedro P. C. que se ponha fino e de olho vivo, que a malta da São Caetano à Lapa não prima pelo silencio contra os seus durante muito tempo.

Más-línguas, inclusive, já alvitram hipóteses acerca do próximo líder, à moda das casas de apostas tão em voga nos nossos dias.

Agora pergunto eu:

Quem não consegue por ordem em casa, vai conseguir por ordem num pais?

Ó Passos, fico à espera de ver a resposta!


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