Apetece-me hoje desancar nuns ilustres senhores que se pavoneiam numa aura de intangibilidade e impunidade.
E não falo dos membros da ilustre casta política.
Refiro-me aos jornalistas!
Não todos mas a grande maioria deles.
Se há algo que me tira do sério é o facto de alguém que desempenha uma função de relevo social trate do seu trabalho, como se diz na gíria, com os pés.
Sem o mínimo de coerência, aprumo, responsabilidade e profissionalismo.
Que não se preocupe em confirmar a fidedignidade de tudo aquilo que debita da boca para fora.
É absolutamente inqualificável que alguém como esta gente que tem como função informar a sociedade e de a pôr ao corrente de tudo o que se passa no mundo, não tenha o cuidado de preparar decentemente os suas intervenções, sejam elas quais sejam, nem tão pouco de garantir o “quantum” de certeza e fiabilidade daquilo de que transmitem.
É que para quem, nos últimos tempos, tem andado pela rua a apregoar aos sete ventos a importância inatacável da sua função, passando por cima de leis e de ordens emanadas por tribunais, rebelando-se contra uma (a meu ver) inexistente e encapotada censura que lhes querem impor, deixam muito a desejar no que respeita ao decoro e qualidade daquilo que fazem!
Aqui há tempo vim tranquilamente a ouvir um noticiário desportivo na rádio, quando os locutores da estação em causa se puseram a trocar impressões quanto a uns episódios que se passaram num jogo de futebol disputado na semana passada.
Qual o meu espanto quando me deparo com aquelas duas individualidades, que se presume que falem com conhecimento de causa, a debitar factos sem a mínima correspondência com a realidade.
Primeiro atribuindo atitudes que se passaram em campo ao jogador A e que na verdade foram cometidas pelo jogador B, e posteriormente tecendo considerações sobre um escândalo de índole sexual que ocorreu com o jogador B mas que aqueles imputavam ao jogador A...
E isto só para citar um exemplo, dos mais variados, e que facilmente se “caçam” a esta classe profissional, seja na rádio, na televisão ou nos jornais.
Estes indivíduos já ganhavam, pois, a devida vergonha face à bacorada de serviço que têm feito!
Depois admiram-se que queiram fechar as portas de certos e determinados pasquins!
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