terça-feira, 27 de abril de 2010

discursos de circunstância

O discurso de ontem do presidente da república, a respeito das comemorações do 25 de Abril, pareceu-me um “deja-vu”.

Ou melhor, um “deja-vu” que não vi, mas que aprendi na escola.

Aquele “vamo-nos voltar para o mar”, trouxe-me de imediato à memória o saudoso Infante D. Henrique, no Promontório de Sagres a observar as caravelas que partiam rumo ao Bojador e ao cabo das Tormentas!

A chatice é que hoje não é a atirarmos cascas de noz ao mar que nos vai safar, pois o mar está mais que pilhado e já se descobriu o que se tinha a descobrir!

Nem no peixe nos safamos, que os espanhóis aqui ao lado são “experts” em nos palmar o peixe à socapa, pela calada da noite, sem ninguém topar!

Não ter submarinos dá nesta merda!

Somos gamados à má fila e ainda por cima os buchos de paella e arroz à valenciana ainda se riem de nós!

Tivéssemos nós cá os nossos tão famigerados submarinos que eles ia ver como era!

Rede espanhola fora de horas dava logo direito a canhoada e traineira aos polvos!

Mas enfim, é o que temos!

Oh Senhor Professor, não me quer parecer vamos sair do buraco há conta do mar…isto está mais para meter água que outra coisa!

Se os portugas quiserem ser os primeiros a chegar a algum lado novamente, como fizemos no século XV com as caravelas, só mesmo se conseguirmos ser os primeiros a chegar a Marte, mas faltam-nos cá os foguetões…

Paciência…

Para além disso, o presidente da república afirmou igualmente no seu discurso qualquer coisas como que queria ver o porto como um pólo da vanguarda do país.

Ora bolas, com esta é que eu não estava à espera!

Não gostei desta alusão e há que evitar tais alusões!

É que nesta altura do campeonato, estas alusões soam mal aos ouvidos da maioria!

Tais alusões trazem à colação outros sinónimos que põem em causa a imparcialidade!

E sinónimos indesejáveis!

Foi como que embalar na cantiga do Pinto da C.!

Só faltou chamar à conversa o castigo do Hulk!

Mas quase que não espanta.

Já é hábito para as bandas do lado norte da ponte da Arrábida de que quando eles não conseguem ganhar dentro das quatro linhas, eis que logo arranjam estratagemas para por em causa o bom trabalho dos outros e maneira de passar a obter as conquistas pela porta do cavalo!

E ainda vêm com a lengalenga dos túneis para cima dos outros!

Como dizia o outro:

Não havia necessidade!

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