domingo, 31 de outubro de 2010
bom, bom, é ganhar!
Até aqui tudo bem.
Efectivamente, para um país como o nosso, que não tem nenhuma tradição de grandes resultados nesta modalidade, empatar com uma selecção daquele calibre seria efectivamente um bom resultado.
No entanto, o dito radialista, seguidamente, e fazendo um apanhado geral do evento desportivo, referiu um pormenor que, mais uma vez me deixou deslumbrado.
Parece que a nossa selecção, afinal, e no decorrer do dito jogo, esteve a vencer por uma diferença de 5 golos.
Epa, não é para botar abaixo, mas estar a ganhar por 5 golos e deixar-se empatar, ainda que pela 3.ª melhor selecção do mundo, não pode deixar de ser uma frustração.
E se é uma frustração nunca pode ser um grande resultado!
É um resultado simpático, menos mau.
Mas daí a ser um grande resultado vai muito.
Já o treinador do meu Benfica, ultimamente, depois de apregoar mundos e fundos, vem com o mesmo paleio.
E é isto que me revolta nesta gente.
Contenta-se com muito pouco.
O empate foi uma vitória.
Mesmo quando se esteve a ganhar por 5 e se deixou fugir a vitória.
Transformam-se o médio e o razoável em heróico.
É por estas e por outras que, quando chega a hora H, não ganhamos nadinha (seja no desporto ou seja no que for).
É por isso que não passamos da cepa torta.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
comemorar 100 anos de quê?
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
mais um ano, a mesma sina...
Deveras curiosa esta posição do ministro.
O ano que passou (orçamentalisticamente falando), foi polvilhado de notícias e afirmações proferidas por quem de direito, apregoando a situação complicadíssima do país, a necessidade de fazer sacrifícios, sacrifícios estes extensíveis a todos (estado incluído) e por aí fora.
Enfim, a balela do costume.
Em resultado da referida lengalenga, lá veio o já tradicional aumento de impostos.
O país vai mal, diziam eles!
Passado um ano, o que é que temos?
O povinho a pagar mais impostos, a perder poder compra, o desemprego a aumentar que nem um mimo, empresas a fechar que foi uma beleza, portagens que vêm aí para pagar à grande, e, surpresa das surpresas, a despesa pública (do Estado) a aumentar que foi um disparate!
Sacrifícios são para todos, diziam eles!
Viu-se!
Sacrifício para a malta que não se consegue esquivar aos impostos cada vez mais aflitivos que o Estado lhe atira para cima.
O Estado (e quem dele toma conta) a gastar que nem um abade à tripa forra!
E com o prenuncio de uma catástrofe anunciada, ainda se ouve falar em construir TGV's, aeroportos, investimentos e salários públicos faraónicos e afins.

Mas andam a gozar com a malta???
Ainda têm a distinta lata de vir falar em pagar mais impostos???
Não sou muito de recorrer ao vernáculo, mas em linguagem curta e grossa:
Vão-se f*der mas é!!!
terça-feira, 20 de julho de 2010
limpe-se a ela...
Aproveitando este parco tempo, apraz-me apenas tecer uns breves apartes ao mundial de futebol.
No final ganhou a Espanha.
Que triste sina.
Para não variar, o polvo acertou no prognóstico.
Burros que foram os alemães, ao não o terem posto a assar em azeite sob lume brando depois de terem perdido a semi-final.
Coisa que o polvo não adivinhou, mas que no afinal já muita gente sabia, era que a performance da nossa selecção, mais cedo ou mais tarde ia dar merda.
E muita.
E deu, como se esperava.
Há quem se tenha mostrado satisfeito com a performance.
Eu cá não.
Abominei.
Confesso que o jogo com a Coreia do Norte quase me fez mudar de ideias.
Mas as sete buchas que os pobres coreanos levaram na mala para Pyongyang não chegaram para tanto. (pobres deles, que graças a uma goleada infringida por esta selecção medíocre, sabe-se lá se não terão ido parar a uma mina de carvão, ou uma pedreira de mármore ou ao fundo do mar.)
Não chegou por uma simples razão.
Falta de coragem.
E digo que a nossa selecção foi medíocre, nem tanto pela falta de valor, mas fundamentalmente pela falta de coragem e de orientação.
No sorteio, Portugal calhou no suposto grupo da morte (ainda estou para saber a razão. Por causa do Brasil? por amor de Deus...).
Foi o que bastou para que o seleccionador, timoneiro, homem da frente, orientador desta selecção, atirasse da boca para fora que passar a fase de grupos era uma tarefa hérculea, e como tal, objectivo traçado mais que suficiente.
A selecção andou pois, durante mais de um mês, em pseudo-estágio, a mostrar que dava no duro para ultrapassar tal tarefa.
O dito timoneiro logo veio, durante um mês, dar satisfações quanto ao seu trabalho e vendendo a banha da cobra de um grupo de super-homens que treinava.
Deu para tudo o risível estágio.
Desde a chegada da estrela da companhia em helicóptero, a ridículos programas de propaganda dos super-homens (ou melhor, dos incríveis), onde o dito timoneiro nem se coibiu a vangloriar a sua suposta inteligência e superioridade.
Prometeu-se a explosão.
Prometeu-se o ketchup.
Chegados a Africa o que é que se viu?
Uma selecção de medrosos.
Jogo contra a Costa do Marfim.
Uma equipa a jogar atrás da linha da bola, com uma carrada de jogadores defensivos a morder a relva para procurar não sofrer golos.
Resultado: empate.
Anderson de S. põe a boca no trombone, por jogar onde nunca jogou.
Anderson de S. nunca mais jogou no mundial.
Jogo contra a Coreia do Norte.
Num lampejo de iluminação, o timoneiro põe em jogo uma equipa balanceada para o ataque e com vontade de fazer golos.
Resultado: uma bela exibição pontuada com uma goleada.
Moral em alta.
Jogo com o Brasil.
Timoneiro volta à defesa com 7 ou 8 jogadores atrás da linha da bola com receio de sofrer golos.
Resultado: empate e suspiro de alívio do timoneiro.
O timoneiro estava feliz.
Oitavos de final.
Espanha.
Jogadores cheios de vontade de fazer a folha aos manolos.
Que é que faz o timoneiro?
Carregou em jogadores para a defesa.
Foi jogar a medo, mais uma vez.
Deu-se ao desplante de tirar o melhor jogador do ataque português no lance de maior perigo da nossa equipa.
Resultado: perdeu.
Final do jogo.
O timoneiro feliz.
Final do jogo.
Jogadores furiosos e revoltados.
O Hugo A. estava cansado.
Cansado, eu? replicou o Hugo A.
Assim não ganhamos, ó Carlos, disse a estrela da companhia.
O que correu mal? Perguntem ao Carlos, disse a estrela da companhia.
(Ah, e a estrela da companhia, diga-se, não jogou um charuto, foi um flop tremendo, das maiores desilusões da competição, mas ainda assim, esteve todo o tempo em campo).
O ambiente é bom? Entre os jogadores sim, disse Anderson de S..
E no meio disto tudo, o que acontece com o timoneiro?
Continuava feliz.
Os jogadores desabafam com os jornalistas, acerca da ambição e vontade que tinham mas que o timoneiro não deixou que mostrassem em campo.
Pelos vistos houve até quem se queixasse de que não percebia o que o timoneiro queria.
E o timoneiro continuava feliz.
Moral da história em África.
A nau dos navegantes (ou dos navegadores, ou lá o que era) tinha ao leme um timon

Chegou ao cabo das tormentas e a nau, mal dirigida foi ao fundo.
Fernão Lopes dizia que "Um fraco rei faz fraca a forte gente".
Às ordens do timoneiro, a selecção foi a medo.
Deu merda, como se esperava.
Quem se contenta com ela...limpe-se a ela.
P.S.: O timoneiro voltou a Portugal, vangloriou a mediocridade do mundial que a sua equipa fez e continua feliz.
domingo, 27 de junho de 2010
a propósito do mundial
- das 7 buchas que enfiamos nos coreanos, apesar da enorme pena que tive dos jogadores asiáticos. Sabe-se lá o que é que o "querido líder" e a justíssima "democracia" norte coreana lhes terá preparado à conta desta humilhação.
- da goleada da alemanha na inglaterra nestes oitavos de final (provavelmente o melhor jogo de futebol até ao momento neste mundial) apesar de haver o risco de Portugal apanhar estes senhores nas meias finais.
- da merda da selecção francesa ter sido corrida para casa coberta num lençol de vergonha! para os "bleus", todo o ridiculo do mundo que lhes caia em cima, ainda é pouco.
Aguardam-se cenas dos proximos capítulos.
domingo, 30 de maio de 2010
querido mês de agosto
para variar mais um belo concerto.
dada a performance que se avizinha, começo a partir de agora a contar avidamente os dias até chegar o dia 3 de agosto!
we are motorhead, born to kick your ass
deixai passar o tempo
quinta-feira, 20 de maio de 2010
domingo, 16 de maio de 2010
a culpa é do parasita
Deles mesmos!
Sem tirar nem por!
E de mais ninguém!
Os dias que passam correm turvos…e não é por causa da cinza do vulcão Eyjafjallajokull, nome que, felizmente, já consigo escrever (depois de andar muito tempo a chamar ao dito cujo Eyjafjnãseiquê) mas que, todavia, ainda não me atrevo a pronunciar. Talvez um dia destes…
Os dias correm turvos por causa da malfadada, perene e bafienta crise.
Malfadada porque à conta da dita, o Estado, para variar, arranjou maneira de me vir ao bolso.
Perene porque não há meio de acabar (quando, supostamente, e nas palavras do nosso antigo ministro da economia, ela já lá ia…)
Bafienta porque já cheira mal!
Aqui há tempos, a respeito já não sei de que, creio que foi António V. que citou a frase “Não há festa nem festança onde não vá a Dona Constança”! (não sei se se referia a uma Lili C, Cinha J. ou outra qualquer figura da pseudo-socialite tuga).
Pois agora, não há festa, nem festança onde não vá a Dona Crise!
Nem jornal, nem revista.
Nem televisão, nem rádio.
Nem café, nem restaurante.
Tá em todo o lado e toda a gente fala nela.
Agora a senhora também ganhou costas largas.
A crise já é desculpa para tudo.
Até os mandachuvas do fóculporto vem com a desculpa do “ah e tal perdemos o campeonato mas não foi por mérito dos outros que ficaram à nossa frente…foi por causa da crise!”
Pelos vistos, nas palavras dos ditos cujos, e segundo a capa de um informativo de 7/5 “Sócrates quase pôs o Benfica como clube do regime”.
É! Deve ter sido…
Mas, loas sem fundamento à parte, o certo é que toda a gente fala da crise mas ninguém aponta os verdadeiros responsáveis.
A verdade é que, desculpas à parte responsáveis são muitos mas a verdade é que vão desaguar todos ao mesmo conceito.
A origem da mesma foi, pelo que se consta, a especulação bancária, fundamentalmente dos bancos de investimento americanos que, com ganância de lucros e mais lucros emprestaram dinheiro e investiram dinheiro sem olhar a quem.
Depois deu no que deu.
A seguir aos bancos, vieram os países, o melhor, os Estados, na sua veste de administração.
Afinal, os países, entidades soberanas, e nomeadamente (porque têm sido os que vêm à baila) os países europeus da zona Euro, andaram anos a fio (e continuam a andar) a endividar-se sem olhar a quem, a como e a quando.
E qual a razão para tal comportamento.
A razão é muito simples e caracteriza-se com várias adjectivações
Irresponsabilidade, ignorância, incompetência, incapacidade ou ineptidão dos indivíduos que, garbosamente, se apelidam de governantes.
Sabem lá eles o que é governar um país!
Não têm conhecimentos para isso.
Não têm competências para isso.
Não têm vontade disso.
Querem lá saber disso!
Hoje em dia, quem governa e representa o país, e falo do nosso em particular e pelo que tenho visto nos últimos anos, está-se literalmente a borrifar para o que têm a fazer.
Estão-se pouco a borrifar para as funções que têm a desempenhar e para as quais foram eleitos.
Estão-se bem a cagar para o que importa fazer pelo país.
Querem lá saber do que é necessário fazer para o bem-estar do país e daqueles que nele vivem e que, com o seu voto, os puseram no lugar que ocupam.
Eles lá se preocuparam com isso quando decidiram (ou alguém por eles decidiu) candidatar-se ao lugar que ocupam.
Quem governa e representa o país, hoje em dia, preocupa-se com uma única e simples coisa:
Governarem-se a eles próprios.
Cada dia que passa vejo este cantinho à beira mar plantado cada vez mais pobre e arruinado.
Cada dia que passa, vejo esses senhores que representam a nação, mais ricos, mais gordos, mais abastados, com belas posses e com belos empregos (que, estranhamente, muitos deles arranjam quando largam o lugar que ocupavam no “poleiro”!)
O que me leva a concluir, legitimamente, que esta gente não está lá pelo país nem pelas pessoas que nele vivem e que, para sustentação do mesmo, pagam impostos.
Eles estão lá para tratarem deles próprios, para se promoverem e para darem o grande “salto” na vida…querem lá saber do povinho que, com os impostos e inúmeras contribuições, lhes paga os salários e os prémios chorudos em cargos especialmente para eles arranjados…
Aqui há dias deparei-me com um exemplo crasso desta cultura de incompetência, desleixo e irresponsabilidade.
Um presidente da câmara, não sei de onde, dizia na TV ou na rádio, já não tenho certo, que há conta da vinda de sua santidade, o Papa (o verdadeiro), a Portugal, havia-se endividado em não sei quantos mil ou milhões de euros, acho que era milhões. Quando questionado pelo jornalista acerca das fontes de rendimento para cobrir esse endividamento, o senhor limitou-se a dizer que não sabia…que não sabia onde é que ia buscar receitas para cobrir esse endividamento…
Não sabia…
Certo, certo, é que a dívida já estava feita.
Agora a maneira de o pagar, depois logo se vê.
Como não seria o dito senhor a pagar a dívida…tudo bem.
Alguém a há-de pagar!
E como que quem paga sempre por estas alhadas, loucuras e asnices é sempre o mesmo…tásse bem (como diria o outro)!
Um gajo que seja caixa num supermercado, um gajo que trabalhe numa confecção a fazer calças, um gajo que corte cortiça para fazer rolhas, um médico, um advogado ou um trolha das obras, se fazem merda, mal cai-lhes logo o Carmo e a Trindade em cima!
E quem é que responsabiliza esta gente pela merda que faz?
Ninguém!
E porque?
Porque não há lei que os responsabilize!
E porque é que não há nenhuma lei que os responsabilize?
Porque são efectivamente estes senhores que governam e representam o país, e que fazem dele “trinta por uma linha”, que elaboram as leis (e que belas merdas têm saído aí nos últimos tempos)!
Ora, não vão ser eles a criar uma lei que, um dia mais tarde, lhe poderá vir morder os calcanhares…
Era o que faltava!
Paga o mesmo, é o que vale…
Outros que andam aí na moda nos últimos tempos, e que muito tem contribuído para que as economias andem pela rua da amargura e em constante sobressalto são as chamadas “agências de rating”.
Agências de rating?
Mas afinal, quem é que são estes fulanos?
E para que é que servem?
Alguém sabe?
Que legitimidade têm estes animais, para virem aí para a praça publica bradar aos sete ventos que este ou aquele ou aqueloutro não tem credibilidade para pagar empréstimos ou para pagar dívidas ou o raio que os parta?
A verdade é que este bando de flibusteiros tem feito com que as economias e os países (estados soberanos como tal) andem, por estes dias, literalmente “com eles na mão”!
Esta gente dos ratings não são mais que arautos da tragédia, que passam a vida a apregoar o fim dos tempos só para ganharem dinheiro com a desgraça alheia, não se coibindo de lançar milhões de pessoas na ruína e na fome, só para ganharem mais uns cobres nas bolsas e nos mercados internacionais…
Estou como o Alberto J.J., só me apetece chamar-lhes bastardos, que é para não lhes chamar filhos da …
E depois há também aquele pessoal que não se enxerga.
E pego apenas no exemplo que agora aparece todos os dias nas notícias.
A Grécia.
A pátria que trouxe ao mundo Platão, Péricles ou Alexandre o Grande (que era macedónio, mas os tipos reivindicam-no como sendo deles, já que os actuais macedónios são mais jugoslavos que outra coisa…), a filosofia, os jogos olímpicos e as falanges de hóplitas, (mas que também é celebre por merdas como o estoicismo, que faz com que gajos, nos dias de hoje, gostem de comida vegetariana, façam piercings em sítios menos próprios, apanhem nas trombas forte e feio em tremendos bacanais orgiásticos ou sejam adeptos do foculporto e do zbording) anda na borda da bancarrota.
Esta gente andou, nos últimos tempos, a viver à grande e à francesa.
Pagavam poucos impostos, tinham bons ordenados, direito a subsidio de férias, de natal e até, pasme-se, de páscoa (!), trabalhavam 40 horas por semana e ainda por cima reformavam-se aos 50 anos.
Para além disso, os sucessivos governos da pátria dos filósofos andou nos últimos anos a levar à letra o “carpe diem”.
E, para isso, lá ia tendo de falsificar a “escrita” da empresa e a ocultar o tamanho da divida e do défice.
Como tudo o que é bom não dura para sempre, agora rebentou a bolha.
Agora que rebentou a bolha, vieram os senhoras da U.E. pedir sacrifícios aos gregos.
Para a Grécia não ir pelo ralo abaixo, qual Atlântida dos tempos modernos, lá vieram dizer aos gregos que tem de abdicar por uns tempos dos múltiplos subsídios que recebem, vão ter que trabalhar mais um bocadinho, pagar mais uns impostozitos, e esperar mais uns anitos até chegar à reforma.
E perante o tamanho regabofe do passado e a aflição do presente o que é os gregos fizeram?
Andam a mandar toda a gente borrifar-se!!!
Trabalhar mais??
Receber menos??
Reforma mais tarde??
Isso é que era bom!
Nada disso!
A dívida da Grécia, que a paguem os Alemães!
Esses lambões e preguiçosos que lançaram a Europa no caos há meio século, mas que, num verdadeiro trabalho de Hércules, passados 60 anos, estão de novo na vanguarda da Europa e do mundo à custa do sacrifício dos seus, que trabalham 50 horas por semana, auferem apenas 12 salários por mês e só se reformam aos 67.
Esses ociosos germanos que paguem, dizem os gregos!
Sinceramente…
Atrevo-me a apelidar os gregos de pessoal do rendimento mínimo da União Europeia.
Ou seja, aquele pessoal que até tem corpo e possibilidades de trabalhar, mas que não estão muito para aí virados. Até porque o trabalho cansa, e se o dinheiro de qualquer maneira cai no bolso à conta do trabalho dos outros, para que é que eu me vou cansar a trabalhar?
Era o que faltava.
Perante tamanha realidade, e face aos exemplos atrás revelados, só me vêm à cabeça uma palavra:
Parasita!
E porque?
Diz a wikipedia, tão em voga nos nossos dias:
"Parasitas são organismos que vivem em associação com outros aos quais retiram os meios para a sua sobrevivência, normalmente prejudicando o organismo hospedeiro, num processo conhecido por parasitismo."
(P.S.: só para que conste, não sou daqueles que acredita que a wikipédia é dona da verdade suprema. Fui primeiro ver a definição concreta e cientifica à Enciclopédia luso-brasileira. Apenas me decidi armar em grego e não me apeteceu transcrever a extensa definição daquele compêndio!)
quarta-feira, 28 de abril de 2010
não há pachorra

Nem há como as entender.
O Miguel Ângelo e os seus amigos Delfins decidiram, aqui há tempos (creio que no final do ano transacto), finalmente, por um ponto final na sua longa carreira.
Quanto a esse facto, há altura e no dia de hoje, só me aprouve dizer:
“Fosgasse…já era sem tempo!!!”
Efectivamente sou da opinião inamovível de que tal decisão só pecou por tardia!
Muito tardia!
Mas enfim, os ditos senhores lá devem ter-se mirado ao espelho, observado as suas figuras que já nem a “apimbalhada” MTV se atrevia mostrar, ouvido as lastimosas melodias que os acompanhavam de mão dada, e lá chegaram à conclusão que andavam a gastar meias solas a mais.
Ponto final pois!
Minimizavam-se assim os danos, quer no ego, quer na dignidade.
Palmas pois aos senhores Delfins por tamanha e sensata decisão!
Continuo, todavia, ainda a reiterar que a decisão pecou claramente (e juridicamente falando) pela extemporaneidade!
Mas tal momento chegou.
Felizmente!
Agora que o Miguel Ângelo e os Delfins tomaram a venturosa e ajuizada decisão de não nos trucidar mais com as suas “modas”, não se coibindo de o anunciar aos sete ventos, para que tal fosse público e inegável, não consigo entender como é que mais ninguém teve a hombridade de olhar para o exemplo daqueles senhores e copiar-lhes os passos!!!
É que sinceramente, já não há pachorra para aturar grande parte dos senhores que no panorama nacional se dedicam a assassinar a música!
Por amor de Deus, alguém que mande calar o Paulo Gonzo com o seu “não sei que de água” ou o raio que o parta!
Alguém que corte o tempo de antena ao gajo dos Pólo Norte!
Não bastava já os Pólo Norte constituírem por si só um purgatório musical, como agora o vocalista decidiu massacrar-nos ainda mais a solo, com a sua vozinha de meio-tom constipado.
Epa, e agora que os Delfins se calaram para sempre, não é que os Santos & Pecadores, que andavam (e bem!!!) calados hà tanto tempo, decidiram vir moer-nos os ouvidos com os urros abagaçados do Olavo Bilac???
E agora até os UHF querem voltar às cantorias!
E como estes outros muitos mais que agora nem tenho forças anímicas para nomear!!!
Mas anda tudo doido???
Ninguém põe juízo nesta gente???
Alguém de bom senso que amordace esta gente para sempre, que os meus tímpanos gemem de agonia de cada vez que esta gente abre a goela na rádio e afins!
Calem-nos, se façam favor, antes que os meus ouvidos sangrem!!!
terça-feira, 27 de abril de 2010
discursos de circunstância
O discurso de ontem do presidente da república, a respeito das comemorações do 25 de Abril, pareceu-me um “deja-vu”.
Ou melhor, um “deja-vu” que não vi, mas que aprendi na escola.
Aquele “vamo-nos voltar para o mar”, trouxe-me de imediato à memória o saudoso Infante D. Henrique, no Promontório de Sagres a observar as caravelas que partiam rumo ao Bojador e ao cabo das Tormentas!
A chatice é que hoje não é a atirarmos cascas de noz ao mar que nos vai safar, pois o mar está mais que pilhado e já se descobriu o que se tinha a descobrir!
Nem no peixe nos safamos, que os espanhóis aqui ao lado são “experts” em nos palmar o peixe à socapa, pela calada da noite, sem ninguém topar!
Não ter submarinos dá nesta merda!
Somos gamados à má fila e ainda por cima os buchos de paella e arroz à valenciana ainda se riem de nós!
Tivéssemos nós cá os nossos tão famigerados submarinos que eles ia ver como era!
Rede espanhola fora de horas dava logo direito a canhoada e traineira aos polvos!
Mas enfim, é o que temos!
Oh Senhor Professor, não me quer parecer vamos sair do buraco há conta do mar…isto está mais para meter água que outra coisa!
Se os portugas quiserem ser os primeiros a chegar a algum lado novamente, como fizemos no século XV com as caravelas, só mesmo se conseguirmos ser os primeiros a chegar a Marte, mas faltam-nos cá os foguetões…
Paciência…
Para além disso, o presidente da república afirmou igualmente no seu discurso qualquer coisas como que queria ver o porto como um pólo da vanguarda do país.
Ora bolas, com esta é que eu não estava à espera!
Não gostei desta alusão e há que evitar tais alusões!
É que nesta altura do campeonato, estas alusões soam mal aos ouvidos da maioria!
Tais alusões trazem à colação outros sinónimos que põem em causa a imparcialidade!
E sinónimos indesejáveis!
Foi como que embalar na cantiga do Pinto da C.!
Só faltou chamar à conversa o castigo do Hulk!
Mas quase que não espanta.
Já é hábito para as bandas do lado norte da ponte da Arrábida de que quando eles não conseguem ganhar dentro das quatro linhas, eis que logo arranjam estratagemas para por em causa o bom trabalho dos outros e maneira de passar a obter as conquistas pela porta do cavalo!
E ainda vêm com a lengalenga dos túneis para cima dos outros!
Como dizia o outro:
Não havia necessidade!